Retomando nosso projeto escolhi a autora Sylvia Orthof para estar iniciando nossos encontros na biblioteca com os alunos. O nosso projeto deverá seguir como no ano anterior, porém, como estaremos também dando suporte ao projeto "Literatura em rede" estaremos restringindo um pouco o ritmo e andamento das atividades do projeto já desenvolvido aqui na biblioteca.
Na verdade a escolha de Sylvia Orthof sobreveio mais pela escolha da história que vislumbrei para dar inicio ao nosso projeto. Mas diria que foi uma escolha perfeita uma vez que ela é uma autora de grande importância na literatura infantil com uma enorme quantidade de livros publicados direcionados a este público. Assim daremos inicio ao nosso projeto falando desta autora e apresentado aos alunos várias de suas obras que temos em nossa biblioteca. Portando apenas para adiantar, o nosso projeto terá inicio na próxima semana, conforme cronograma já apresentado aos professores. Abaixo segue também alguns dados interessantes desta autora para quem quiser conhecer um pouco mais sobre ela.
Biografia de Sylvia Orthof
Carioca,
Sylvia Orthof nasceu em 1932, filha única de um casal de imigrantes pobres.
Seus pais eram judeus austríacos e fugiram para o Brasil entre as duas guerras
mundiais. Para cá vieram também seus avós e tios. Era uma família que respirava arte. O pai era pintor; o tio materno, compositor; a avó paterna era casada com um
letrista de operetas vienenses; e a avó materna era pintora e ceramista.Sua infância difícil era ainda tumultuada pelo desencontro de idiomas. Aprendeu, primeiramente, a falar o alemão e até iniciar na escola falava português com sotaque. Embora fosse raro naquela época os pais se separaram quando ela tinha sete anos. O pai Gerhard casou-se novamente e Sylvia foi morar com sua avó Trude (Gertrud).
Sylvia estudou mímica, teatro, pintura, desenho e arte dramática. Tinha apenas 15 anos quando começou a atuar na Escola de Arte Dramática do Teatro do Estudante. Aos 18, foi estudar teatro, desenho e mímica em Paris. Retornou ao Brasil dois anos depois e foi trabalhar em São Paulo como atriz no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC) e na TV Record.
Em 1957, casou-se com Sávio Pereira Lima e se mudou para uma aldeia de pescadores chamada Nova Viçosa (na época, Marobá), no sul da Bahia. Com as crianças do lugar, desenvolveu um teatro de bonecos feitos de sabugo de milho e de palha. Assim começou sua ligação com o teatro infantil. Ela teve três filhos:Cláudia Orthof, Geraldo (o Gê Orthof, hoje ilustrador e Pedro Orthof.
Na TV Brasília, trabalhou em um programa infantil de fantoches, o Teatro Candanguinho. Foi contadora de histórias na rádio MEC.
Nessa
nova fase, escreveu e dirigiu a peça
infantil “A Viagem do Barquinho”. E
desenvolveu diversos trabalhos de teatro infantil, ganhando o primeiro
lugar no Concurso Nacional de Dramaturgia Infantil Guaíra, do Paraná. Também o seu conto “O Pé
Chato e a Mão Furada” foi premiado no 1º Concurso Nacional de Contos Infantis
do Banco Auxiliar de São Paulo.
Um convite
de Ruth Rocha para escrever histórias infantis para a revista Recreio abriu
definitivamente as portas da literatura infantil para Sylvia Orthof. Já em
1981, publicou a primeira das mais de 120 histórias infantis e
infantojuvenis que escreveu. Versátil, a autora explorou diversos gêneros
literários: prosa, poesia e teatro. Embora iniciada tardiamente, aos 40 anos, a
carreira de Sylvia Orthof consagrou-a como uma das maiores escritoras infantis
do país.
A autora viveu seus últimos anos de vida em Petrópolis. Descobriu em 1996 que estava com câncer e faleceu um ano e meio depois, no dia 24 de julho de 1997. Mesmo sofrendo com a doença, continuou escrevendo histórias.
Sua vida e sua obra continuam inspirando até hoje inúmeros escritores infantis. Isso sem contar a grandiosidade da herança que deixou a todos os seus leitores.