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1 de outubro de 2013

Contando história para educação infantil

 Hoje vivi uma experiência maravilhosa que gostaria de compartilhar com vocês meus leitores.
 Contar história é sempre muito bom, mas fora do nosso ambiente, em um ambiente desconhecido isto se torna um grande desafio. Até mesmo porque há muito tempo não exercitava este meu pequeno dom.
O convite irrecusável veio de uma grande amiga Adriana Amélia, para que eu contasse uma história no Centro Educacional Infantil Dalva Barbosa Pereira. Até ai tudo bem, mas o tema deveria ser sobre Bullying.
Hoje em dia podemos encontrar muitos livros na literatura sobre este tema. Mas para o meu público que seria de pequeninos resolvi apelar mesmo para os contos tradicionais. Escolhi então "O Patinho Feio".
Sempre que vou contar uma história sem ler, procuro conhecer várias versões sobre ela, porque assim emendo daqui crio de lá e faço uma grande colcha de retalhos, conto enfim a minha versão. Isto que é o gostoso de contar histórias a sua liberdade de reinventar a história. Uma vez que pesquisei e li várias versões parti para a criação de algo que pudesse ilustrar minha história. Optei então pelos palitoges que foram confeccionados em EVA. Ficaram muito fofos com os desenhos que encontrei na net para fazer os moldes.
Pensei também em uma forma de interagir com as crianças antes de contar a história. Veio então a ideia de cantar com elas a música do "Pato" de Vinicius de Moraes e ensinar para a meninada alguns gestos para acompanhar. Tinha um leve ideia de que gestos usar, mas alguns Vídeo de apresentações desta música no Youtube me ajudaram bastante a montar a coreografia. Além do mais achei que a  música tinha tudo a ver com a história e com o tema: História de um pato discriminado, música de um pato que Surra a galinha e bate no marreco.
Assim foi que em alguns dias montei o meu Arsenal de contadora de história e parti rumo ao meu querido público.
Chegando lá improvisamos um pequeno cenário sobre uma mesa, uma caixa de areias enfeitada com  matinho artificial tipo este que usamos na árvore de natal, a mesa foi coberta por uma toalha providencialmente azul, uma ótima remissiva a um lago, e do lado da caixa ainda consegui encontrar um pequeno arranjo artificial que se encaixou perfeitamente como local para o ninho.
Tudo pronto, foi só começar a conversa, cantar com os alunos, contar a história e estabelecer as relações necessárias entre o conto e o nosso tema.
Mas o mais gostoso de tudo ao contar uma história é ver o olhar dos pequeninos de curiosidade e de expectativa com o desfecho da história. Alguns a gente percebe que os olhinhos até brilham, nem piscam tamanha é a concentração. Isto sim é gratificante para o contador, esta capacidade de hipnotizar o seu público. É claro que sempre tem uns danadinhos que são inquietos por natureza, mas mesmos estes a gente percebe que hora ou outra se voltam com sua curiosidade para ver o que vai acontecer.

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