Teatro apresentado no dia do livro infantil em nossa escola este ano
Vida de livro
Narrador: O livro estava novamente ali, jogado sobre o
móvel. Triste, esperava a hora de a menina pegá-lo para ler. Todo o dia, o
mesmo massacre. Pagina torta, orelha rasgada, lá ia ele todo aleijado caindo
sobre um móvel qualquer. Às vezes jogava ele no sofá, onde acidentalmente
alguém sentava sobre ele.
Livro: Hei amigo, estou aqui...Nossa que sufoco!
Narrador: Às vezes o deixavam sobre a mesa da cozinha. Ali
era uma catástrofe. Deixavam pingar nele café, água, refrigerante, suco, sem falar
nas mãos sujas de gordura da cozinheira, que tentando salvar-lhe a vida,
lambuzava-o ainda mais.
Livro: Nossa quanta sujeira! Como vou fazer? Se me lavarem
eu me desmancho todo! E agora?
Narrador: Na escola, o pobre livrinho era tido como
obrigação. Socado na pasta ele se apertava junto aos cadernos e lá ia para outra missão
Livro: Ai..Ui...meu pé ficou preso. Não puxe com força
menina que vai me rasgar de novo!
Narrador: Qual nada! Creeec! Lá ficava outro pedacinho do
livro, sem dó nem piedade. Não tinha jeito de a menina aprender a verdadeira
utilidade daquele brinquedo de papel. Amassado, roto, sujo e rasgado, só sabia
dizer:
Livro: Ooops! Lá vou eu de novo...
Narrador: Era só ver a sapeca e o livrinho se ia deixando
pedaços ao caminho. Pagina prá cá, paginas pra lá.
Livro: Ai, ui...não me dobre assim menina!
Narrador: E assim aquela menina passava hora e horas em
companhia do livro, ora jogado aqui, ora acolá. A noite ele era acolhido com
carinho para embalar o sono da menina, mais nem ai escapava , assim que o sono
chegava La ia ele Plaft..plaft! O coitado ia para debaixo do travesseiro, todo
sufocado, com a menina em cima.
Livro: Minha nossa amanhã acordo todo amassado.
Narrador: E o livrinho dormia pensando no próximo dia quando
quem sabe ganharia uma folga. Qual nada, mesmo no domingo lá ia o pobre coitado
todo aleijado na roda da criançada para contar as belas histórias.
Menina: E ai meninas que história vocês vão querer ouvir?
Tem Mariazinha, tem pé de feijão,
Cinderela e amiguinhos de montão.
Narrador: a roda da criançada aumenta e a farra também
Livro: Cuidado não me jogue para cima. Eu não tenho asas,
nem voar eu sei...
Ai não me bate na cabeça do seu amiguinho ai... ai... Isso
dói.
Narrador: Splaf! Lá se vai ao chão o livro, todo esborrachado,
com páginas soltas e palavras gastas de tantas mãozinhas que por ele passaram.
E quanto todos na casa esquecem da farra e dorme faceiros, a mão caridosa da
fada vem afagar o pobre livrinho acidentado. É a mãezinha que larga a cozinha e
cheia de dor conserta o coitado, todo rasgado, com cola e fita. Deitado na estante o amigo livro
descansa, já medicado e se refaz para a nova batalha de quando o dia recomeçar.
Mal o sol nasce lá vem a menina.
Livro: Hei cuidado menina! Agora fui consertado. Não venha
de novo me rasgar!
Narrador: a pequena
observa o remendo que a mamãe colocou. E promete de coração:
Menina: Desculpe amiguinho, o mau trato de ontem. Você me
ensina tanta coisa tenho sempre que carregá-lo como carinho e cuidado e
lembrar-se de não sujá-lo.
Livro; Ufa! Até que enfim por hoje vou ser bem cuidado.
Fim
Na ocasião, como de costume, tivemos também a premiação dos alunos mais frequentes em nossa biblioteca. Nossos "Pequenos Grandes Leitores"
Alunos Premiados:
1º ano 2015 : João Arthur da Silva
2º ano 2015 Maysa Cristina da Silveira
3º ano 2015 Maria Rita de Castro
4º ano 2015 Raissa Cristina Gonçalves e Julia aparecida da Silva
Parabéns a todos vocês que continuem assim!
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